Sala de aula vazia: mesa, carteiras e quadro

Como podemos combater a evasão escolar?

SE A taxa de conclusão do ensino médio fosse igual a do chile, cerca de 93%, o ganho anual na economia seria de R$ 135 bilhões.

O Brasil é marcado por diversas desigualdades sociais ao longo da sua história: pobreza, fome, ensino de baixa qualidade, entre outras desigualdades presentes no dia a dia. É possível mudar essa realidade, e uma das soluções é a escolarização da população. Quanto mais pessoas concluírem o Ensino Médio e ingressarem em faculdades, mais melhoramos a produtividade do nosso país e, consequentemente, mais pessoas podem sair da situação de pobreza.

No entanto, temos dois desafios: em primeiro lugar, o acesso à educação de qualidade não é para todos, pois está concentrado em determinadas regiões e classes sociais. Em segundo lugar, a evasão escolar. Apesar dos avanços da educação brasileira desde os anos 90, a evasão escolar é uma tragédia silenciosa que continua até hoje.

Além disso, a pandemia do COVID-19 colaborou para retroceder ainda mais a educação brasileira. Isso ocorreu porque as escolas ficaram fechadas por muito tempo e as alternativas para as crianças e adolescentes continuarem seus estudos não eram acessíveis para todos. Assim, o percentual de evasão escolar aumentou consideravelmente. Conforme a pesquisa da UNICEF, mais de 2 milhões de crianças e adolescentes não estão frequentando a escola.

Para que você possa entender como chegamos a esse ponto, neste artigo, apresentaremos alguns dados, os motivos e algumas políticas para podermos combater a evasão escolar.

DADOS DE Evasão Escolar

Antes de mais nada, precisamos entender o que é a evasão escolar. A saída da escola ocorre quando o aluno deixa de frequentá-la por um determinado motivo, como trabalho, gravidez, deslocamento, entre outros fatores que veremos ao longo deste artigo.

Aliás, a evasão escolar é um problema brasileiro desde o século XX. Por exemplo, até 1980, a taxa de conclusão do Ensino Médio era de apenas 20%, ou seja, muitas pessoas abandonavam ou permaneciam na escola apenas até o Ensino Fundamental. Isso mudou a partir dos anos 90, com a criação de leis, programas e fundos que tinham como objetivo melhorar a educação e estimular as pessoas a continuarem seus estudos.

Entretanto, o acesso à educação de qualidade não chegou a todas as classes sociais. É o que mostra a pesquisa divulgada em abril deste ano, pelo Firjan SESI em parceria com a PNUD.

De acordo com a pesquisa, a porcentagem de matrículas de alunos brancos e pretos apresenta grandes diferenças, 81% contra 71%. Outro dado levantado pela pesquisa é a probabilidade de um jovem entre 20 e 24 anos concluir o Ensino Médio. A chance de um jovem de classe alta concluir o Ensino Médio é de 94%, contra 45% de chance de jovens de renda baixa.

Uma educação de qualidade deve oferecer a base para que o estudante não tenha prejuízos nas suas formações. No entanto, isso não acontece no Brasil. Segundo a pesquisa, apenas 41,4% dos estudantes concluem o Ensino Fundamental com aprendizagem adequada em português e 24,4% em matemática.

A evasão escolar

Diante de tantas desigualdades educacionais, fica bem complicado um jovem de baixa renda concluir o Ensino Médio. A evasão escolar é baixa nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Por outro lado, aumenta no final desse segmento e ao longo do Ensino Médio.

Conforme os dados da UNICEF, 1,6 milhões de jovens entre 15 e 17 anos estão fora das escolas no Brasil. Além disso, a pesquisa da Firjan cita que, a cada ano em nosso país, 500 mil jovens maiores de 16 anos abandonam as escolas. Já em relação à conclusão do Ensino Médio, apenas metade dos jovens brasileiros o concluem até os 18 anos.

As desigualdades andam lado a lado com a evasão escolar. De acordo com a UNICEF, 99% dos jovens que abandonaram a escola estudavam em escola pública, enquanto apenas 1% frequentava a escola particular.

Por que ocorre a evasão escolar?

A pesquisa da UNICEF divulgada em setembro de 2022, além de quantificar o número de crianças e jovens fora das escolas, divulgou os motivos dos jovens pararem de estudar. A pesquisaEducação brasileira em 2022 – a voz de adolescentes” possui como objetivo informar sobre o regresso dos estudantes às escolas e os impactos da pandemia no processo escolar. O público-alvo do estudo são crianças e adolescentes de 11 a 19 anos, estudantes da rede pública e jovens que não complementaram o Ensino Médio e não estão frequentando a escola.

motivos pelos quais crianças e adolescentes não frequentarem a escola.

Quando pensamos nos motivos de crianças e jovens desistirem de comparecer às escolas, logo vem à cabeça que a razão seja o desinteresse. No entanto, esse não é o principal motivo. Segundo a pesquisa da UNICEF, os principais motivos que os fazem parar de frequentar a escola são:

  • Necessidade de trabalhar fora (48%);
  • Não conseguir acompanhar as explicações ou atividades passadas pelos professores (30%);
  • Pelo fato da escola não ter retornado as atividades presenciais (29%);
  • Precisar cuidar de outros familiares na sua casa (28%);
  • Acha a escola desinteressante (27%);
  • Preferência por aulas e atividades em formato remoto (25%).

A pandemia de COVID-19 impactou muito as nossas vidas: perda de entes queridos, empregos, as incertezas. Dessa forma, crianças e adolescentes tiveram que ajudar os pais ou responsáveis a complementar a renda, seja trabalhando ou cuidando de familiares em casa. Em relação às escolas, muitas ficaram fechadas por muito tempo. Assim, uma das soluções para não pararem foi a adoção do ensino remoto. Só que a adoção desse modelo trouxe novos desafios. Em primeiro lugar, muitos jovens não tinham acesso ao computador e à internet de qualidade. E segundo, depois de tanto tempo no ensino remoto, como fazer jovens e adolescentes se adaptarem ao ensino presencial novamente?

Desistência da escola

Conforme a pesquisa da UNICEF em parceria com o Ipec, quando o assunto é desistência da escola, ou seja, não estar matriculado, os motivos diferem em relação aos que mencionamos anteriormente:

  • Não conseguir acompanhar as explicações ou atividades passadas pelos professores (50%);
  • Acha a escola é desinteressante (38%);
  • Não se sente acolhido na sua escola (35%);
  • Preferência por aulas e atividades em formato remoto (27%);
  • Necessidade de trabalhar fora (25%).

Aliás, segundo o estudo, nos últimos 3 meses anteriores à pesquisa, 21% das crianças e jovens entrevistados consideraram desistir da escola. Desse total, 27% eram jovem de 15 a 19 anos e 16%, jovens entre 11 e 14 anos.

Na mesma linha, podemos observar que crianças e jovens apontaram dificuldades em acompanhar as explicações e atividades dos professores dentre os motivos para não frequentarem à escola ou desistirem dela. Esse problema está relacionado à distorção de idade-série e à repetência, que veremos no tópico a seguir.

Distorção idade-série e repetência

De acordo com a pesquisa Ipec, ao longo do Ensino Fundamental, muitos jovens repetem de série, abandonam as escolas ou acabam retomando aos estudos. No entanto, ao iniciar o Ensino Médio, chegam com grande defasagem idade-série, isto é, precisam cursar o ano escolar na idade errada. À medida que o estudante vai ficando mais velho, aumenta a pressão para conseguir um emprego, além de aumentar as responsabilidades, como cuidar de um familiar.

Ademais, segundo Ribeiro (1991), há em nosso país uma forte cultura de repetição em massa. Mesmo que o estudante chegue na idade certa ao Ensino Médio, muitos acabam repetindo ao longo dessa etapa de ensino.

Dessa forma, os dados do Censo Escolar, divulgado pelo Inep, vão ao encontro da afirmativa de Ribeiro (1991). Conforme os dados, as porcentagens de reprovação ao longo do Ensino Médio são:

  • Primeiro ano do Ensino Médio: 15%;
  • Segundo ano do Ensino Médio: 9%;
  • Terceiro ano do Ensino Médio: 5%

Outro dado relevante apontado pela pesquisa é o aumento da taxa de distorção-série saltar de 25% no 9º ano do Ensino Fundamental para 35% no 1º ano do Ensino Médio. Além disso, até em escolas com professores altamente qualificado e com boa infraestrutura, tal como, as escolas federais, a taxa de reprovação chega a 14%.

Em síntese, a reprovação é um fator que desmotiva demais o aluno, e à medida que a idade vai passando, vai desestimulando cada vez mais o estudante, que já começa a sofrer as cobranças familiares, a pressão para a introdução no mercado de trabalho. E no fim, muitos jovens abandonam a escola. Precisamos reverter essa realidade e, no próximo tópico, apresentaremos algumas ações para combatermos a evasão escolar.

Como combater a evasão escolar?

A evasão escolar não traz só prejuízos para crianças e adolescentes, mas para toda a sociedade brasileira. De acordo com dados da pesquisa Ipec, a economia do país deixa de arrecadar cerca de R$ 220 bilhões, ou seja, em torno de R$ 395 mil por aluno, representando 3% do PIB do país.

Assim, quanto mais jovens concluírem a Educação Básica, mais profissionais qualificados teremos, modificando, assim, a estrutura econômica e gerando emprego para outras pessoas. Além disso, diminuiremos as desigualdades sociais a partir do aumento de renda e de expectativa de vida, bem como da diminuição da taxa de homicídio. Segundo o estudo, se 17% de jovens concluísse a Educação Básica, seria 11 mil homicídios por ano a menos. Evitaríamos a perda de R$ 28 bilhões anualmente.

Entretanto, temos um longo caminho pela frente. Nesse sentido, apresentamos no tópico a seguir algumas ações para combater a evasão escolar.

6 ações para combater a evasão escolar

Acabar com a cultura de repetência: como vimos anteriormente, os percentuais de reprovação no Brasil, ao longo dos anos, foram bem altos. Os alunos repetentes apresentam uma probabilidade de progressão escolar menor, em outras palavras, o avanço do aprendizado é mais devagar do que os alunos que progridem de ano. Assim, alunos que repetiram nas séries iniciais possuem mais chances de reprovação nos anos posteriores e, consequentemente, aumenta as chances de evasão. É preciso buscar soluções de reinserir o jovem, sem perdas no aprendizado;

Apoio às aprendizagens: muitos jovens chegam ao Ensino Médio com muitas incertezas e também com defasagem no aprendizado. Dessa forma, muitos programas estão sendo desenvolvidos não só no Brasil, como em outros países, com objetivo de diminuir as desigualdades e melhorar a qualidade do ensino. Dentre eles estão: programas de reforço escolar, seja para um número reduzido ou para toda a turma, tutorias, mediação de conflitos ou programas com foco no desenvolvimento de habilidades socioemocionais;

Incentivo à permanência ou ao retorno do aluno: a pandemia de COVID-19 impactou na vida de muitas famílias. Jovens perderam pais ou parentes que eram os responsáveis pelo sustento da família e, como resultado, perderam essa renda. Na mesma linha, muitas crianças e adolescentes tiveram que trabalhar para ajudar no sustento. No entanto, a escola acaba ficando de lado. Por isso, a importância do incentivo financeiro, seja por um auxílio mensal, bolsa de conclusão do ensino médio com objetivo de manter ou trazer os jovens para as escolas;

Mercado de trabalho, valorização dos docentes e inovação nas escolas.

Apoio à transição para o mundo do trabalho: o mercado de trabalho está exigindo cada vez mais qualificação do futuro profissional, devido aos avanços da ciência e tecnologia. Entretanto, em um mundo com mudanças cada vez mais constantes, acabam-se criando grandes incertezas, principalmente nos jovens que estão concluindo o Ensino Médio. Assim, as escolas devem preparar os alunos para as demandas do mercado, conciliando a teoria com a prática;

Ambientes adequado à aprendizagem e à inovação curricular: a pandemia retrocedeu nossa educação, que já não era de grande qualidade. Contudo, agora, não só precisamos recuperar esses retrocessos, como também criar uma ambiente escolar que atenda às demandas do mercado. Esse novo ambiente deve instigar a criatividade, a capacidade de resolução de problemas, a autonomia e, claro, estimular o envolvimento com experiências da realidade;

Apoio à gestão escolar e à valorização docente: os professores ensinam e formam todas as profissões. No entanto, é uma das profissões mais desvalorizadas. É preciso não só uma renumeração adequada, mas uma valorização da formação junto a investimentos para estimular na formação de novos docentes.

Conclusão

No título do artigo, escrevi como nós podemos acabar com a evasão escolar, na 1ª pessoa do plural. O objetivo de ter utilizado esse pronome é porque esse problema não é só da escola ou do poder público. É seu, é meu, é de todos.

O que adianta a escola fazer a sua parte se a família não o faz, ou a escola querer fazer e não ter os recursos suficientes por parte do poder público? Vimos ao longo do texto os prejuízos da evasão escolar na economia. Esse dinheiro poderia ser investido para acabarmos com as desigualdades sociais agravantes em nosso país.

Em conclusão, apesar dos desafios, precisamos encará-los juntos, sociedade, pais, escolas e poder público, para, assim, revertemos esse cenário e construir uma sociedade mais justa, com oportunidades iguais, para podermos crescer e nos desenvolver sem deixar ninguém para trás.

Redação: Adilson Junior

Revisão: Jéssica Duarte

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