Março azul-escuro: Prevenção e tratamento contra o câncer colorretal
O março azul-escuro é o mês de conscientização ao câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum no Brasil, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima o surgimento de 41 mil novos casos por ano no país. O câncer colorretal origina-se no intestino grosso, também chamado de cólon, e no reto, região final do trato digestivo e anterior ao ânus.
O que é o câncer colorretal?
O Câncer colorretal são tumores que se desenvolvem no intestino grosso (cólon), no reto e no ânus. No entanto, caso se descubra no início, as chances de cura são muito altas, porém, o problema é que este tipo da doença é muito silenciosa.
Assim, quando isso acontece, é comum a indicação de exames de rastreio, que são exames realizados em um grupo específico da população (que têm mais propensão à doença) mesmo sem a presença de sintomas.
O câncer colorretal é silencioso, mas alguns sintomas merecem atenção, como:
- Sangue nas fezes;
- Alteração do hábito intestinal;
- Dor ou desconforto abdominal;
- Fraqueza e anemia;
- Perda de peso sem causa aparente.
- Alteração na forma das fezes;
- Massa abdominal.
Nesse sentido, uma investigação preliminar e preventiva sugere uma análise de sangue oculto nas fezes. Como resultado, houver uma detecção do câncer, o principal exame mais específico é a colonoscopia, que permite avaliar toda a extensão do intestino grosso em busca de lesões que, caso existam, serão analisadas em biópsia. Também pode ser feita a retossigmoidoscopia para percepção de alterações na parte final do intestino. O acompanhamento médico determinará os passos para diagnóstico e procedimentos a serem feitos.
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer colorretal são:
- Idade: acima de 50 anos;
- Histórico familiar de câncer de intestino;
- Sedentarismo;
- Obesidade;
- Ingestão excessiva de alimentos gordurosos e industrializados;
- Consumo de álcool excessivo;
- Consumo de alimentos defumados, carne vermelha, além de pouca ingestão de frutas, grão e legumes;
- Tabagismo.
Portanto, é essencial a prevenção e o diagnóstico precoce, por meio do exame de colonoscopia, para diminuir a incidência desses tumores, aumentar as chances de cura e preservar a qualidade de vida dos pacientes. A cirurgia é o principal caminho para retirar o tumor, mas também há possibilidade da realização de radioterapia e quimioterapia, além do auxílio de medicamentos no tratamento.
Além disso, vale ressaltar que o câncer de colorretal é o único capaz de ser tratado na fase pré-cancerosa. Ele nasce como um adenoma, que é um pólipo ainda benigno. Diferentemente do câncer de mama e de próstata, cujos exames, indicados anualmente, servem para identificar a doença no início, a colonoscopia visualiza e remove a lesão precocemente, na fase pré-cancerosa. Por isso, se erradicada, evita o surgimento do câncer.
A primeira colonoscopia deve ser feita a partir dos 50 anos de idade, mesmo que o indivíduo não tenha sintomas. Caso haja antecedentes familiares de câncer colorretal ou pólipos adenomatosos, a prevenção deve começar antes, por volta dos 40 anos.
Por fim, as abordagens para tratar o câncer colorretal dependem do estágio do diagnóstico do tumor. Se estiver no início, muitas vezes o paciente passa somente por cirurgia endoscópica, com remoção do câncer por técnicas conhecidas como polipectomia, mucosectomia ou por dissecção endoscópica submucosa (ESD).
Leia também outros conteúdos do nosso blog!
Escrito por João Marcos
Revisado por Jéssica Duarte