Janeiro Branco: qual a relação entre saúde mental e alimentação?
Como falamos anteriormente, Janeiro Branco é a campanha que visa conscientizar a população sobre a importância da saúde mental. Por conta da rotina, muitas vezes deixamos ela de lado em nossos cuidados e acaba ficando em segundo plano. Além disso, assim como acontece com a nossa saúde mental também acontece com a nossa alimentação.
Afinal, o que é saúde mental?
Não existe uma definição exata da palavra, pois é algo que envolve a saúde da mente, e não necessariamente, significa ter ou não um diagnóstico de transtornos mentais. De um modo geral, podemos associá-la a maneira como uma pessoa reage aos desafios, às mudanças e à rotina de sua vida diariamente. Ou seja, vivenciando sensações e sentimentos, sejam bons ou ruins, como: alegria, tristeza, medo, frustração, felicidade, raiva, satisfação, entre outros.
Ou seja, a forma que lidamos com essas emoções determina a qualidade de nossa saúde mental.
Transtornos mentais.
A presença de transtornos psíquicos como a ansiedade, a depressão, o borderline, a bipolaridade entre outros – também podem fragilizar a nossa saúde mental. Além disso, outros fatores como abuso de drogas ou álcool, bullying, conflitos familiares, perdas afetivas ou a existência de doenças crônicas ou terminais também contribuem para isso.
Por isso, saber compreender essas emoções, desenvolver capacidade de sensação de bem-estar, criar habilidade de manejar de forma positiva conflitos e adversidades e, por fim, conseguir reconhecer e respeitar os nossos limites traz satisfação em viver, o que é algo positivo para uma boa saúde mental.
Pensando no ambiente em que vivemos e nas pessoas que convivem conosco, alguns comentários ou ações podem ser prejudiciais.
Exemplificando, a cultura de corpos perfeitos que nos expõe a todo tempo a imagens de mulheres e homens com determinado padrão físico faz com que nossa mente seja moldada para que aquele tipo de beleza seja a ideal. Porém, nem sempre será possível alcançar certos padrões de beleza. Não somente pelo esforço necessário com dietas e exercícios, mas também por fatores biológicos e genéticos como cor de pele, tipo de cabelo, altura, peso e outros.
Por finalidade estética, muitas pessoas buscam uma alimentação restritiva e pobre nutricionalmente, causando carências nutricionais e o temido efeito sanfona.
Qual é a relação entre saúde mental e alimentação?
A busca de uma alimentação saudável deve se basear em critérios de bem-estar e saúde, não apenas em foco na estética. As dietas da moda com alimentos restritivos podem colaborar para piora de quadros clínicos de transtornos alimentares.
Em casos de anorexia nervosa ou bulimia, existem alterações metabólicas e nutricionais provocadas por atividades purgativas. Essas atividades podem ser indução ao vômito, recusa alimentar ou uso descontrolado de laxantes e diuréticos.
A falta de convívio social provocada por comentários sobre o corpo e a aparência, bem como críticas quanto ao que se põe no prato e sua quantidade, são algumas atitudes que devemos observar para não continuar fazendo. As proibições alimentares sem fundamentos – por exemplo, deixar de fazer as refeições em família ou entre amigos – contribuem para um maior isolamento e, possivelmente, quadros de depressão. Por isso, metas de controle de peso desnecessárias e orientações que não promovem a autoconscientização e autonomia não devem ser realizadas.
Procure ajuda, converse com uma equipe de profissionais de saúde, solicite acompanhamento de um psicólogo, mesmo que não tenha diagnóstico de transtornos psíquicos prévios.
Conheça o CVV.
Se você precisa ser ouvido e ainda não consegue falar com pessoas conhecidas profissionais de saúde, contate o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 188.
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Se você enfrenta um câncer e deseja receber aconselhamento nutricional online e gratuito para pacientes oncológicos, solicite atendimento com um nutricionista do projeto Driblando o Câncer do Instituto Brasil + Social clicando aqui.
Escrito por Nutricionista Karina Fernanda Genier Murari Fernandes, especialista em Nutrição Clínica e Nutrição em Saúde Cardiovascular pelo Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese e coordenadora de Nutrição do Instituto Brasil + Social. CRN 355310.
Revisado por Jéssica Duarte Coutinho.
Publicado por Gabriela Burcius Arguelles Horrio.