Campanha maio vermelho e a luta contra o câncer bucal
O câncer bucal é um tipo de câncer que pode afetar os tecidos da boca, incluindo os lábios, a língua, as gengivas, o palato, as amígdalas e o assoalho da boca. As células cancerosas se desenvolvem e se multiplicam de forma anormal, formando tumores que podem se espalhar para outras partes do corpo.
CONTEXTO HISTÓRICO
Não há registros precisos sobre a origem do câncer bucal, mas acredita-se que essa doença tenha surgido há milhares de anos. As primeiras descrições documentadas de câncer bucal datam do Antigo Egito, onde os médicos observaram lesões orais e trataram pacientes com uma pasta de ervas que se acreditava que tinha propriedades anticancerígenas.
Ao longo da história, o câncer bucal foi, muitas vezes, associado ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool, que são fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento da doença. Além disso, mais recentemente, o vírus HPV (papilomavírus humano) também tem sido associado ao câncer bucal, especialmente em pessoas mais jovens. Dito isso, vale lembrar que o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno são cruciais para o sucesso no processo de cura.
SINTOMAS do câncer bucal
Os sintomas podem variar dependendo da localização e do estágio da doença. Porém, alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Feridas ou úlceras que não cicatrizam na boca ou nos lábios;
- Manchas vermelhas ou brancas na boca;
- Dificuldade para mastigar, engolir ou falar;
- Sensação de queimação ou dor na boca;
- Inchaço ou espessamento dos lábios, da língua ou das bochechas;
- Dentes soltos ou doridos;
- Mudanças na voz ou na fala;
- Sangramento ou dor na boca ou na garganta.
No entanto, é importante lembrar que outras condições também podem causar esses sintomas, como infecções ou irritações na boca. No entanto, se você estiver experimentando esses sintomas por mais de duas semanas, é importante procurar um profissional de saúde para uma avaliação mais detalhada. O diagnóstico precoce do câncer bucal é fundamental para um tratamento eficaz e melhores chances de cura.
CAUSAS do câncer bucal
As causas são multifatoriais, o que significa que vários fatores podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença. Alguns dos fatores de risco mais comuns incluem:
- Tabagismo: fumar cigarros, charutos ou cachimbos aumenta significativamente o risco de câncer bucal. Isso ocorre, pois o tabaco contém substâncias químicas que podem danificar o DNA das células da boca e levar à formação de tumores.
- Consumo excessivo de álcool: o consumo regular e excessivo de bebidas alcoólicas também pode aumentar o risco de câncer bucal. O álcool pode danificar as células da boca e torná-las mais suscetíveis ao desenvolvimento de câncer.
- Infecção pelo HPV: o vírus do papiloma humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível que pode aumentar o risco de câncer bucal, especialmente em pessoas mais jovens.
- Exposição excessiva ao sol: a exposição prolongada ao sol pode aumentar o risco de câncer nos lábios.
- Má higiene bucal: a falta de higiene bucal adequada pode levar ao acúmulo de bactérias e placa bacteriana, que podem danificar as células da boca e aumentar o risco de câncer.
- Histórico familiar: pessoas com histórico familiar de câncer bucal têm um risco maior de desenvolver a doença.
É importante lembrar que nem todas as pessoas que têm fatores de risco desenvolvem câncer bucal e que o câncer bucal também pode ocorrer em pessoas sem fatores de risco conhecidos. Por isso, é importante estar ciente dos sintomas da doença e fazer exames bucais regulares com um profissional de saúde.
TRATAMENTO
O tratamento para o câncer bucal depende do estágio e da localização da doença, bem como das características individuais do paciente. Algumas opções de tratamento comuns incluem:
- Cirurgia: a cirurgia é frequentemente usada para remover o tumor e qualquer tecido circundante que possa estar comprometido. Ademais, em casos avançados, pode ser necessário remover parte da mandíbula, língua ou outras estruturas da boca.
- Radioterapia: a radioterapia usa feixes de radiação de alta energia para matar as células cancerígenas. É possível usá-la sozinha ou em combinação com cirurgia.
- Quimioterapia: a quimioterapia usa medicamentos para matar as células cancerígenas. Pode ser usada sozinha ou em combinação com cirurgia e/ou radioterapia.
- Imunoterapia: a imunoterapia usa medicamentos para ajudar o sistema imunológico do corpo a reconhecer e destruir as células cancerígenas.
- Terapia alvo: a terapia-alvo usa medicamentos para atacar especificamente as células cancerígenas, enquanto minimiza os danos às células saudáveis.
Além disso, o tratamento pode incluir cuidados de suporte para ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, como terapia da fala, terapia ocupacional, terapia nutricional e gerenciamento da dor. Isso posto, lembra-se de que o tratamento para o câncer bucal é individualizado e deve ser discutido com um profissional de saúde especializado em oncologia bucal.
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Fontes: Einstein, AC Camargo; TJDFT e INCA.
Redação: João Marcos
Revisão: Jéssica Duarte