Dia Nacional da Mamografia

Dia Nacional da Mamografia: saiba tudo sobre o exame

O acesso à mamografia preventiva e periódica pode reduzir as chances de morte entre 15% a 45%

O Câncer de Mama é o câncer que mais acomete as mulheres no Brasil. De acordo com Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2022, a estimativa de novos casos de câncer de mama eram de mais de 66 mil. Para este ano, o Instituto estima cerca de 73.610 novos casos. Diante desses dados preocupantes, foi criado o Dia Nacional da Mamografia.

O objetivo desta data, 5 de fevereiro, é conscientizar as pessoas sobre a importância da mamografia. Aliás, o exame é fundamental para o diagnóstico precoce da doença.

Portanto, este artigo apresentará tudo o que você precisa saber sobre a mamografia. Dessa forma, o texto estará organizado da seguinte maneira:

  • O que é a mamografia?
  • Em qual idade deve-se começar a fazer a mamografia?
  • Como é feita a mamografia?
  • Quais são os tipos de exame de mama?
  • Quais são os principais mitos sobre a mamografia?
  • Conclusão

Boa leitura!

O que é a mamografia?

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a mamografia é um exame radiológico realizados nas mamas, divididos em dois tipos: a mamografia diagnóstica, que possui objetivo de avaliar e identificar alterações mamárias, e a mamografia de rastreamento, aconselhada para mulheres, sem sinais de sintomas, uma vez a cada 2 anos.

Ainda, conforme o Instituto, o câncer de mama é a multiplicação desordenada de células anormais da mama. Essa multiplicação pode acarretar a formação de um tumor. Dessa forma, se não diagnosticado precocemente, o tumor pode invadir outros órgãos.

No Brasil, em 2021, foram realizadas 3.497.439 mamografias em mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS). Desse total, 351.509 foram mamografias diagnóstica e 3.145.930, mamografias de rastreamento.

Entretanto, as mamografias de rastreamento, realizadas na rede privada de saúde, ou seja, pelos planos de saúde, caiu por volta de 10,6%, entre 2016 e 2021, segundo a Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira, elaborado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Qual a diferença entre mamografia e o ultrassom de mama?

De acordo com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, a mamografia é um exame de radiografia essencial, para a detecção precoce do câncer de mama. A partir dele, é possível identificar prováveis sinais do tumor, como também é importante para avaliar a evolução do tumor após o tratamento.

Assim como a mamografia, o ultrassom de mama é fundamental para a detecção de lesões ou alterações mamárias. Apesar de não poder substituir a mamografia, o ultrassom proporciona, através de ondas sonoras de alta frequência, imagens de cistos, nódulos, secreções nos mamilos, entre outras anomalias.

O ultrassom é indicado uma vez por ano para mulheres que, desde os 25 anos, nunca possuíram problemas mamários.

Em qual idade deve-se começar a fazer a mamografia?

Conforme o INCA, a incidência das mulheres ou homens desenvolverem câncer de mama são maiores em pessoas com mais de 50 anos.

Mas como assim? Os homens podem desenvolver o câncer de mama?

Sim, a incidência é bem menor do que nas mulheres, representado cerca de 1% do total de casos. Em 2021, foram realizadas 7281 mamografia em homens para fins diagnósticos.

Nesse sentido, o Atlas de Mortalidade por Câncer, apresentou a taxa de mortalidade por câncer de mama, específicas por faixas etárias, para cada 100 mil mulheres no período de 1980 a 2020.

De acordo com o Atlas, quanto mais avançada a idade, maior a taxa de mortalidade. Por exemplo, em pessoas com idade entre 60 a 69, em 40 anos, a taxa evoluiu de 35% para quase 43%. Outro dado alarmante, foi em mulheres com mais de 80 anos: a taxa evoluiu de 60% para 100% entre 1980 e 2020.

Segundo o Atlas, as regiões brasileiras com os maiores percentuais de mortalidade por câncer de mama foram: sudeste (17,2%) e centro-oeste (16,8%), seguidos pelo nordeste (15,6%) e sul (15,5%).

Assim, o Ministério da Saúde recomenda que as mulheres após menopausa, com idades entre 50 e 69 anos, façam a mamografia de rastreamento, uma vez ao ano, a cada 2 anos. Como vimos no tópico anterior, a examinação é indicada para mulheres sem sinais e sintomas do câncer de mama.

Eu posso fazer a mamografia com menos de 50 anos?

Conforme as Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil, o Ministério da Saúde, não recomenda a mamografia antes dos 50 anos, porque os danos podem ser maiores do que os riscos, visto que o exame pode identificar cânceres de comportamento indolente, isto é, que não ameaçaria a vida da mulher.

Nesse sentido, o câncer acaba sendo tratado, expondo- as a danos e riscos associados. Ao consultar um especialista, as mulheres devem ser orientadas sobre os riscos e benefícios sobre a mamografia de rastreamento e, juntos, tomarem a melhor decisão.

Quem tem prótese de mama pode realizar a mamografia?

As mulheres que possuem próteses de mamas, podem, sim, realizar a mamografia. Entretanto, existem muitos questionamentos e pontos de vistas. Por exemplo, se a radiação utilizada no exame danifica a prótese ou se a acuracidade possa ser prejudicada, ou seja, a prótese atrapalhar na avaliação e interferir no resultado da mamografia.

No entanto, segundo o Oncoguia, na realização do exame, a paciente deve informar que possui próteses. Assim, o especialista deve realizar algumas adaptações, tanto no posicionamento da paciente, como do aparelho, para a realização da examinação.

Contudo, a mamografia é eficiente em mulheres com ou sem silicone. Caso seja necessário, o ginecologista ou mastologista podem realizar outros exames de imagem para complementar e obter um melhor diagnóstico.

Quem amamenta pode fazer mamografia?

Conforme o Serviço de Apoio à Amamentação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), não se recomenda a mamografia para as mulheres em período de amamentação, pois as glândulas mamárias, nesse período, apresentam maior densidade e assim podem afetar no resultado do exame, dificultando o diagnóstico.

Portanto, caso queira realizar o exame, é totalmente seguro, não oferecendo riscos. Entretanto, pode ser necessário a realização de outros exames de imagens.

Dessa forma, se possível, esperar o término do período de amamentação, melhor, porque não irá interferir na acuracidade do exame.

Como é feita a mamografia?

Segundo a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, a mamografia é feita por um técnico em radiologia, especializado em radiografia de mamas.

Assim, as mamas são colocadas numa placa de acrílico. Só que outra placa do mesmo material exerce uma pressão sobre a mama, para ficar com a espessura uniforme. Essa pressão é muito importante por dois motivos: em primeiro lugar, facilita a identificação de possíveis lesões que estejam por trás do tecido mamário.
Em segundo lugar, impede conclusões erradas, porque com maior densidade das glândulas mamárias, no momento do exame, evita o diagnóstico de lesões que não existam, formando uma falsa imagem. A compressão da mama pode durar alguns segundos, podendo gerar desconforto. Entretanto, a importância da examinação sobrepõe a esse detalhe.

Logo depois, o especialista realiza a leitura das imagens para identificar alterações e fará uma biópsia (laudo), para que, caso seja identificando um câncer, confirmar se é benigno ou maligno.

Quais são os tipos de exames de mama?

Além da mamografia, conforme o Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília, existem outros exames para identificação do câncer de mama, tais como: exame físico, mamografia 3D, ultrassonografia mamária e a Ressonância Nuclear Magnética (RNM) das mamas.

  • Exame físico: realizado por um especialista, através da apalpação das mamas. O exame pode identificar: nódulo irregular, densidade assimétrica das glândulas mamárias, consistência endurecida do tumor ou do nódulo e mobilidade limitada ou fixa das axilas. O exame físico pode não ser tão preciso, dessa forma, a realização de exames específicos pode ser importante.
  • Mamografia 3D: a tomossíntese ou a mamografia em 3D se consolidou nos grandes centros como uma boa alternativa diagnóstica. A partir deste exame, pode-se obter uma imagem mais definida da mama, mesmo que em mamas densas, e também na avaliação de sobreposição de imagens.
  • Ultrassonografia mamária: é uma avaliação complementar à mamografia, bastante útil para a avaliação de mamas espessas. A ultrassonografia pode ajudar na identificação do nódulo, ou seja, quanto a sua natureza (cístico, sólido ou tumor misto), morfologia, extensão sonora e compreensibilidade. Entretanto, a sensibilidade do exame depende da experiência do ecografista, especialista que realiza o procedimento. A detecção de lesões nas mamas pode chegar a 83%.
  • Ressonância Nuclear Magnética: é uma análise complementar, indicada:
    • Nas mamas densas;
    • Em pacientes de alto risco/risco genético para o câncer de mama;
    • Para analisar a morfologia e extensão das lesões;
    • Nas avaliações da bilateralidade, da recorrência local e do câncer oculto da mama;
    • No monitoramento de resposta à quimioterapia neoadjuvante;
    • No planejamento cirúrgico do tratamento do câncer de mama.

Quais são os principais mitos em relação à mamografia?

Ao longo do artigo, apresentamos diversos argumentos sobre a relevância da mamografia. Entretanto, há alguns mitos que precisam ser esclarecidos. Desse modo, a Secretária de Saúde da cidade de São Paulo, apresentou os principais mitos.

1. A mulher não deve fazer a mamografia quando estiver menstruada.

Mito: Entretanto, a mulher deve evitar o exame nesse período, porque as mamas se tornam mais sensíveis e doloridas.

2. O autoexame da mama substitui a mamografia.

Mito: Não é recomendável essa prática, pois grandes estudos apresentaram que o procedimento apresenta riscos e baixa efetividade.

3. Mulheres com próteses de mama não podem fazer mamografia.

Mito: Como vimos no tópico anterior, o silicone não prejudica a realização do exame e, muito menos, causa riscos para a mulher ou dano para a prótese.

4. A radiação emitida pela radiografia é muito arriscada.

Mito: O raio-X é utilizado para o rastreamento do câncer de mama. A imagem é obtida com uso de feixe de raio-X, que contém baixa energia. Logo, o risco à exposição é mínimo.

5. A mamografia é cara.

Mito: O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o exame totalmente gratuito. Além disso, para os pacientes que realizarem o exame particular, os convênios e seguros de saúde cobrem os gastos com o exame.

Conclusão

Neste artigo, vimos o que é a mamografia e qual a sua importância para identificação precoce do câncer de mama.

Além disso, apresentamos como é feita a mamografia e outros exames complementares. Por fim, esclarecemos alguns mitos.

O câncer de mama, sendo diagnosticado com antecedência, as possibilidades de cura podem chegar a 95%.

Por isso, mulheres, vocês que conhecem tão bem o seu corpo, a identificação de possíveis sinais, como mudanças no formato do mamilo; retração da pele da mama; aumento progressivo das mamas, com sinais de edema, como aspecto de casca de laranja, são alguns sinais para procurar encaminhamento a um especialista, visando uma investigação diagnóstica.

O câncer de mama possui tratamento. Não deixe para depois. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor!

Aqui no IBMS, você encontra apoio e informação de qualidade sobre saúde e direitos das mulheres. Confira o nosso blog!

Escrito por Adilson Junior

Revisado por Jéssica Duarte Coutinho

Fontes: INCA, Ministério da Saúde, Oncoguia, Secretaria de Saúde de São Paulo, Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília, UFSC, Femama e Anahp

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