Violência contra a mulher

A Luta pela Não-Violência Contra a Mulher.

O dia internacional da não-violência contra a mulher foi criado para conscientizar a população sobre esse problema mundial.

No dia 25 de novembro, celebramos o Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher. Essa data ainda se mostra importante para a nossa sociedade, visto que, atualmente, muitas meninas e mulheres convivem com algum tipo de violência. Principalmente no ambiente familiar, que deveria ser seguro para todos nós. 

Em primeiro lugar, não podemos deixar de destacar que acabar definitivamente com a violência contra a mulher é o quinto objetivo do Desenvolvimento Sustentável. Os quais também incluem a erradicação da pobreza e proteção ao meio ambiente. Porém, ainda temos um longo caminho a seguir quando o assunto é a igualdade de gêneros e o fim da violência patriarcal. 

Dados sobre a violência contra a mulher no Brasil e no mundo

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, até julho de 2022, já foram registrados mais de 160 mil violações envolvendo casos de violência contra as mulheres. 

No relatório, foram disponibilizados dados sobre cinco tipos de violência: física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial. Além disso, o relatório também mostrou que, no mesmo período, foram registradas mais de 30 mil denúncias de algum caso de agressão contra mulheres. O que podemos encarar como um grande avanço no combate à violência. 

Esse número mostra que, felizmente, cada vez mais as pessoas estão buscando os canais corretos para acabar com esse tipo de violência. É importante ressaltar que o número de denúncias é menor que o de casos, pois muitas vezes, as mulheres sofrem mais de um tipo de agressão. 

Em panorama mundial, um estudo feito pela The Lancet apontou que 27% das mulheres de 15 a 49 anos tenham passado por algum tipo de violência doméstica pelo menos uma vez na vida desde os 15 anos. Para que chegassem a essa estimativa, os pesquisadores utilizaram dados fornecidos pela OMS ao longo de 18 anos, em mais de 150 países. 

Ou seja, não é nenhum equívoco dizer que a violência contra a mulher é um problema mundial, o qual impede o desenvolvimento não só individual, como também de uma sociedade toda. Uma vez que as mulheres também fazem parte e contribuem ativamente para a economia de um país. 

Por isso, a igualdade de gêneros e fim da violência contra as mulheres é fundamental para o desenvolvimento sustentável de qualquer sociedade. 

Quais são as principais formas de violência contra a mulher? 

Ainda que esteja muito claro para as mulheres que agressão física é crime, essa não é a única forma de violência que uma mulher pode sofrer. Além dessa forma clara de constragimento, existem outras que também estão previstas como crime e podem levar o agressor para prisão. 

Violência física

A violência física está relacionada a qualquer tipo de agressão que ofenda a integridade do corpo de uma mulher; socos, chutes, tapas, empurrões, sacudir, cortar, qualquer tipo de ação que comprometa a sua saúde. 

Violência sexual 

Como o próprio nome já diz, a violência sexual acontece quando uma pessoa (parceiro ou não) força a mulher manter relações sexuais por meio de força, ameças ou constrangimento moral e físico. 

Violência psicológica

Assim como as violência física e sexual, agressão psicológica está prevista na Lei nº 13.772/18. Por isso, qualquer ação que cause danos emocionais, diminuição da autoestima, como por exemplo, xingamentos, humilhações, ameaças, manter constante vigilância, restrição da liberdade, monitoramento das mídias sociais, é crime. 

Violência patrimonial

Esse tipo de violência está relacionado com a destruição ou confiscamento do patrimônio que a mulher conquistou com o próprio trabalho. Ou seja, retirar todo o seu salário, destruir casa, carro, ou qualquer outro tipo de veículo, impedir que ela trabalhe quebrando os materiais necessários para que ela pratique a profissão, entre qualquer outra forma de controle do patrimônio pessoal. 

Violência moral

Por fim, a violência moral envolve qualquer tipo de ação na qual ela comprometa a honra da mulher perante a sociedade, utilizando-se de mentiras e ofensas. Por exemplo, xingar e ofender na frente de familiares e amigos, inventando histórias que não são verdadeiras para diminuir ou constranger a mulher. 

Formas de combate a violência contra a mulher

Além de entender as diferentes formas de violência, também é fundamental saber quais são os canais de denúncia. Dessa forma, as mulheres e pessoas ao redor podem saber como auxiliar alguém que está passando por uma situação de violência. 

O principal canal de denúncias que temos hoje em dia no Brasil é o Ligue 180, o qual está sob gestão do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. 

A atual ministra Cristiane Britto afirma que: “sabemos que cerca de 70% das mulheres vítimas de feminicídio no Brasil nunca passaram pela rede de proteção. Por isso, reiteramos que o nosso Ligue 180 funciona 24h por dia, inclusive por WhatsApp.” 

Esse é um canal feito para atender mulheres, exclusivamente, e abrange todo o país. Ele não só recebe as denúncias como também fornece uma rede de apoio e acolhimento para as mulheres que desejam saber mais sobre os seus direitos. 

O Ligue 180 funciona 24h por dia, sete dias por semana, além disso, também está disponível pelo WhatsApp: 61-99656-5008. 

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