Câncer de ovário: causas e possíveis tratamentos
O Dia Mundial do Câncer de Ovário é celebrado anualmente em 8 de maio. Este dia tem como objetivo aumentar a conscientização sobre esta doença, bem como incentivar a detecção precoce, o tratamento adequado e o apoio a pacientes e familiares afetados pelo câncer. É importante destacar que o câncer de ovário é um dos tipos mais letais de câncer em mulheres, por isso a conscientização sobre esta doença é crucial para melhorar as taxas de sobrevivência.
CONTEXTO HISTÓRICO-CIENTÍFICO
O câncer de ovário é um tipo de câncer que se desenvolve nos ovários, que são os órgãos reprodutores femininos responsáveis pela produção de óvulos e hormônios. Esse tipo de câncer pode ser difícil de detectar nos estágios iniciais, pois os sintomas podem ser vagos e semelhantes a outros problemas de saúde. No entanto, quando diagnosticado precocemente, é geralmente tratável.
Em termos históricos, o médico alemão Matthaeus Gottfried Purmann foi o primeiro a descrever o câncer de ovário, ainda no século XVIII. Na época, Purmann descreveu um tumor ovariano em uma autópsia. No entanto, foi somente no final do século XIX que se passou a estudar a doença mais detalhadamente. Além disso, em 1870, o patologista alemão Wilhelm von Waldeyer-Hartz descreveu a anatomia e a fisiologia dos ovários e, em 1895, o ginecologista americano Sampson Gamgee realizou a primeira ooforectomia bilateral (remoção dos dois ovários) para tratar um tumor ovariano.
Ao longo do século XX, os médicos e pesquisadores aprimoraram o conhecimento sobre esse câncer, incluindo sua classificação em diferentes tipos histológicos, sua etiologia, os fatores de risco associados e as opções de tratamento. Hoje em dia, existem diversas abordagens terapêuticas para o câncer de ovário, incluindo cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia direcionada e imunoterapia, entre outras. A detecção precoce e o tratamento imediato podem aumentar significativamente as chances de recuperação e cura.
Sintomas do câncer de ovário
Esse tipo de câncer pode não apresentar sintomas em estágios iniciais, mas à medida que progride, os sintomas podem incluir:
- Dor ou desconforto abdominal persistente ou intermitente;
- Inchaço ou distensão abdominal;
- Perda de apetite ou sensação de saciedade precoce ao comer;
- Náusea e vômito;
- Mudanças no hábito intestinal, como constipação ou diarreia;
- Urinar com frequência ou com urgência;
- Fadiga;
- Dor durante a relação sexual;
- Sangramento vaginal anormal ou irregular;
- Aumento ou diminuição do peso corporal sem causa aparente.
Lembre-se de que outras condições médicas também podem causar esses sintomas. Por isso, é importante consultar um médico se você estiver preocupado com a sua saúde. Ademais, é importante fazer exames regulares e seguir as recomendações de triagem do seu médico.
CAUSAs do Câncer de ovário
Não existe uma causa única, mas vários fatores de risco foram identificados. Alguns desses fatores incluem:
- Histórico familiar: mulheres com histórico familiar de câncer de ovário têm um risco aumentado de desenvolver a doença.
- Idade: o câncer de ovário é mais comum em mulheres com mais de 50 anos.
- Uso de terapia hormonal: o uso prolongado de terapia hormonal de reposição pode aumentar o risco de câncer de ovário.
- Obesidade: mulheres com sobrepeso ou obesidade têm um risco aumentado de desenvolver câncer de ovário.
- Endometriose: mulheres com endometriose têm um risco aumentado de desenvolver câncer de ovário.
- Infertilidade: mulheres que nunca tiveram filhos ou que tiveram filhos em idade avançada têm um risco aumentado de câncer de ovário.
No entanto, é importante lembrar que ter um ou mais desses fatores de risco não significa necessariamente que uma mulher desenvolverá o câncer. Além disso, algumas mulheres que desenvolvem câncer de ovário não apresentam nenhum fator de risco conhecido.
Tratamentos
Os tratamentos comuns para o câncer de ovário incluem:
- Cirurgia: o objetivo da cirurgia é remover o tumor e tentar preservar o máximo possível de tecido ovariano saudável. Sendo assim, a extensão da cirurgia depende do estágio e da localização do câncer. Em alguns casos, pode ser necessário remover um ou ambos os ovários, as trompas de falópio, o útero e outras estruturas adjacentes.
- Quimioterapia: medicamentos quimioterápicos são usados para destruir células cancerosas em todo o corpo. Portanto, pode-se administrar a quimioterapia antes ou após a cirurgia para reduzir o tamanho do tumor ou prevenir o retorno do câncer.
- Radioterapia: a radioterapia usa raios de alta energia para destruir células cancerosas. É geralmente menos comum em casos de câncer de ovário, mas pode ser recomendada em certas situações.
- Terapia alvo: a terapia alvo usa medicamentos que atacam proteínas específicas nas células cancerosas, impedindo seu crescimento e disseminação.
- Imunoterapia: a imunoterapia ajuda o sistema imunológico do corpo a reconhecer e destruir as células cancerosas.
- Acompanhamento e cuidados paliativos: o acompanhamento regular com o médico é importante para monitorar o progresso e detectar sinais de recorrência do câncer. Então, também se pode recomendar cuidados paliativos, como alívio da dor e terapias de suporte, para melhorar a qualidade de vida da paciente.
É importante lembrar que o tratamento varia dependendo do estágio da doença e das necessidades individuais da paciente. Por isso, deve ser discutido com um médico especialista em câncer de ovário. A detecção precoce e o tratamento imediato podem aumentar significativamente as chances de recuperação e cura
Fontes: TJDFT e Rede Doutor São Luiz
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Redação: João Marcos
Revisão: Jéssica Duarte