Dia Internacional da luta contra o Câncer Infantil
O dia 15 de fevereiro é lembrado como Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, doença que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), atinge anualmente cerca de 8,4 mil crianças e adolescentes no Brasil. Entretanto, diferente da doença nos adultos, o câncer infantil não possui fatores de risco ou formas de prevenção, sendo o diagnóstico precoce e o tratamento especializado em centros adequados à forma de combate à doença.
O câncer é a principal causa de morte de crianças e adolescentes em todo o mundo. Assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. A cada ano, mais de 400.000 crianças recebem o diagnóstico de câncer. Na região das Américas, a estimativa foi de 32.065 novos casos de câncer em 2020 em crianças de 0 a 14 anos; deles, 20.855 casos foram na América Latina e no Caribe.
Causas do câncer infantil
Assim como o câncer em adultos, o câncer infantil apresenta variadas causas, que podem estar relacionadas com a exposição à radiação e com uso de medicamentos durante a gestação. Além disso, o risco de alterações genéticas durante o desenvolvimento do bebê também pode ser um fator.
Outras causas são: infecções por vírus, como no linfoma de Burkitt e linfoma de Hodgkin. Contudo, nem sempre é possível identificar as causas do desenvolvimento do câncer infantil.
Principais Sintomas
Os principais sintomas são inespecíficos e comuns a outras doenças da infância, mas devem servir de alerta para os pais e responsáveis procurarem uma avaliação pediátrica adequada, em caso de persistência ou aumento de intensidade. Os mais comuns são:
- Perda de peso inexplicável e contínua;
- Dor nos ossos ou articulações que limitam as brincadeiras e atividades;
- Dores de cabeça acompanhadas de vômito, geralmente, na parte da manhã;
- Aumento de volume na barriga;
- Manchas roxas na pele (hematomas), sem que tenha havido trauma no local;
- Cansaço constante e palidez, anemia;
- Febre persistente e com origem e indeterminada ou desconhecida;
- Infecções frequentes e baixa imunidade.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são:
- Leucemias: afetam os glóbulos brancos;
- Sistema linfático: atingem o sistema nervoso central e os linfomas
- Neuroblastoma: tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal;
- Tumor de Wilms: tipo de tumor renal;
- Retinoblastoma: afeta a retina, fundo do olho;
- Tumor germinativo: nas células que originam os ovários e os testículos;
- Osteossarcoma: tumor ósseo;
- Sarcomas: tumores de partes moles.
Diagnóstico e tratamento
Dessa forma, nas consultas e exames de rotina, além de examinar e colher o histórico da criança, os pediatras devem indicar alguns exames periódicos para verificar a saúde.
Com esse acompanhamento periódico, é possível diagnosticar não só o câncer infantil ainda em fase inicial, mas também, ao controlar certas taxas do organismo da criança, impedir o desenvolvimento de patologias.
Nesse sentido, a criança deve receber o acompanhamento médico periódico como forma de garantir o desenvolvimento saudável. Assim, em consultas de rotina, os pediatras podem pedir por alguns exames para verificar a saúde da criança.
Os exames laboratoriais e de imagem para o diagnóstico do câncer infantojuvenil podem ser realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS)
Após o diagnóstico, o tratamento precisa iniciar o mais breve possível, sendo que consistem na quimioterapia, medicação alvo, radioterapia e cirurgia, conforme cada caso.